A região da América Latina e Caribe (ALC) é uma das mais urbanizadas do mundo, abrigando 81% de sua população nessas áreas1,a. Este fenômeno ocorre porque as cidades oferecem maiores oportunidades aos cidadãos, como empregos, educação, saúde ou atividades sociais; e a possibilidade de alcançar e fornecer estes serviços depende da capacidade de circulação de pessoas e bens dentro das cidades. Nesse sentido, o transporte é um elemento central para o acesso dos cidadãos a estes benefícios, tanto em quantidade como em qualidade. No entanto, na ALC existem lacunas importantes no acesso e na qualidade da mobilidade urbana, às quais se somam diversas externalidades negativas por ela geradas, como congestionamento de veículos, sinistros viários e contaminação ambiental, cujos níveis são consideráveis na região. Garantir o acesso e a qualidade do transporte urbano e limitar as consequências negativas que ele pode gerar é essencial para garantir que os latino-americanos e caribenhos possam acessar as oportunidades oferecidas pela cidade de forma segura, equitativa e sustentável. Com base nessas ações, juntamente com o planejamento da urbanização por meio de regulamentações adequadas, os países da região contribuirão para o logro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos na Agenda 2030 das Nações Unidas.